quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

VIOLÊNCIA


Depois de ter o portão de sua residência atingido por uma rajada de balas disparadas por um desconhecido em uma motocicleta, a juíza aposentada Maria das Graças de Souza lança uma carta aberta à população de Imperatriz, onde descreve sua trajetória pacífica e sua luta por mais justiça social. No final da carta, de forma lúcida, segura e destemida, manda um recado ao mandante e ao pistoleiro contratado para matá-la:
"Reflitam antes de mandarem me matar, porque o sonho de pessoas como eu não morre, sempre renascerá em outras cabeças, sempre será lembrado 'com lágrima não com cuspe', sempre será admirado, ainda que em silêncio".
"...Quando o mandante o contratou para matar-me, contratou também outro para matá-lo depois da minha morte. O senhor sabe disso, conhece bem o que a imprensa chama de 'queima de arquivo'.
Imperatriz, que sempre foi vista como a terra da impunidade, onde já morreram prefeito, deputado federal e padre e os mandantes riem da nossa cara de bobo, não custa nada denunciar para o mundo a tentativa de intimidação. Precisamos lutar contra qualquer ato ou tentativa de silenciar aqueles que desejam viver em um mundo mais justo, mais humano e pacífico.

3 comentários:

Anônimo disse...

Meu caro companheiro de ideal,nós educadores,que aprendemos no contato diário com crianças,jovens e adultos,defender a vida acima de qualquer circunstância,sentimo-nos enojados com tal ato truculento e covarde.
Esse pistoleiro(nos moldes dos anos negros de Imperatriz) deve pagar pelo seu ato e ser colocado detrás das grades.
Um fraterno abraço!
prof.Magno Urbano

Ramsés disse...

é triste ver a nossa cidade sob o mando de pessoas covardes que tentam crescer profissional e financeiramente na base da violência e da intimidação (tanto mandante quanto pistoleiro)! Mas se a justiça humana falha, a Divina jamais!!

Ramsés da Silva Mesquita

Jorge Furtado disse...

Caro Isnande,

Com todo respeito que tenho pela juiza aposentada. Acredito que o mais correto seria cortarmos o mal pela raiz, para extirparmos de vez com essa pecha de condenação dos homens públicos pela violência. Mas como isso não acontece o melhor para esses infelizmente é a transferência para um lugar menos violento e mais seguro.

Um abraço e Feliz Ano Novo!