sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

NOVO BARCO

Eu fico a me questionar... Como e quanto as pessoas mudam...
Na posse do prefeito Madeira, muitos dos que serviram aos governos de Ildon e de Jomar estavam lá, todos muito felizes, tirando fotos, se abraçando, conversando como se tudo estivesse na mesma. Muitos mudaram de grupo, durante os últimos dois governos.
Vejamos:
A professora Mary de Pinho, Ildista de primeira hora estava no palanque Madeirista; Enéas Rocha, Madeirista, Jomarista e Madeirista novamente; Fátima Avelino, Ildista, Jomarista, Ildista e agora, Madeirista... Recordista e sempre, oportunista; Siqueira, Madeirista, Jomarista e Madeirista; Jean Carlo, Madeirista, Jomarista, Madeirista; Laer Viana, Madeirista, Jomarista e Madeirista.
Sem contar os ex-petistas Jerry Alves, Edinardo Filgueiras, Daniel Souza, Réden Viana, Iracilda Viana... Como é bom pular de barco.

4 comentários:

Anônimo disse...

Em contos de piratas quando o barco vai afundar os ratos são os primeiros a pular do navio, mais quando sobram alguns que tem a esperança que podem tampar um buraco no casco com seu próprio corpo morrem com honra, pois não se deram conta de que o buraco já é maior do que o próprio navio.

Anônimo disse...

São todos uns oportunistas que não pensam no bem estar da população e região, e sim em seus próprios bolsos. Em suma, uma raça de mercenários da pior espécie.

Jerry Alves disse...

Caro professor Isnande,

Satisfação reencontrá-lo.

Como anda a vida? Tomara esteja bem.

A respeito do post “NOVO BARCO”, algumas considerações:

Votei no PT a vida inteira. É verdade. Era petista chato. De discutir com o parente, o vizinho, o colega de escola, no trabalho e onde mais eu estivesse. Cria mesmo nessa coisa ideológica que aprendemos com as literaturas petistas. Do leve Neruda a densa Marilena Chauí, de Che a Frei Betto, do Livro Vermelho de Mao Tse Tung ao Manifesto do Partido Comunista e por aí vai...

Fui muito perseguido no trabalho por minha posição e defesa política. Sonhei e trabalhei pela eleição de Lula, sonhei e trabalhei pela eleição de Jomar. Sofri com o resultado final. Foi difícil engolir a realidade. O PT no poder. No que o PT se transformou. The dreams it´s over.

Mas, mudança é uma coisa que temos visto demais no campo da política brasileira, não?

Peguemos o exemplo do presidente Lula e do PT.

Consegue ver no "companheiro" o mesmo das greves do ABC, das Caravanas da Cidadania, dos discursos afiados contra os EUA, FMI, Bush, Sarney e outros?

Consegue ver no PT a mesma "ideologia" incrustada anos a fio em seus seguidores?

Que o digam nossos velhos e históricos companheiros Frei Betto, Cristovam Buarque, Heloísa Helena e outros tantos...

Como dizia o poeta: -"Mudaram as estações, nada mudou..."

Sem contar na lambança municipal a que fomos submetidos, com a importação de gênios ludovicenses e de outras paragens; e as campanhas milionárias a que assistimos a seguir. Na campanha em que Jomar elegeu-se prefeito, tínhamos uma pampa transformada em carro de som, que não saia todo dia porque não tinha gasolina. Lembro bem, o panfleto era preto-e-branco, de qualidade questionável. Não tinha verba pra confeccionar um melhor.

Tem muita coisa de que lembro e vi. Coisas das quais não constavam na cartilha petista. Procedimentos que a ideologia do petismo condenava com veemência quando era estilingue. Como diria dona Lorca lá do Zorra: “No poder pooooode!

Fui escorraçado de um governo que ajudei a construir e no qual acreditava, no segundo ano, sem nenhuma explicação do secretário da pasta, nem do prefeito, mesmo sendo eu, naquele momento, a pessoa mais preparada para a função (fiz dois cursos de Cerimonial no período) a qual eu exercia dentro do governo, apenas por ser amigo de Daniel Souza, considerado por eles um algoz do governo. Só pra rememorar, participaram deste mesmo governo do começo ao fim, parte da direitona que ria da gente na campanha pobre de Jomar e um monte de apadrinhados da vereança, dentre outros... Tudo em nome da governabilidade.

Quanto a minha provável mudança a que o senhor se refere, mesmo sendo petista como fui a “vida inteira", por convicção votei em mais de três eleições em Sebastião Madeira para deputado federal, pois sempre reconheci nele um político sério, comprometido com as causas do povo, muito correto comigo e, até que me prove o contrário, um homem decente.

Na campanha seguinte a gestão de Jomar, fiz, com muito afinco, a campanha de Carlinhos Amorim, apoiado pelo deputado Madeira.

No início de 2008, disse ao deputado (em um evento no Palácio do Comercio), antes dele decidir-se pela candidatura, que este era seu momento de chegar à prefeitura de Imperatriz e que o povo lhe devia isso, pelo grande deputado que tinha sido até então. Naquele instante ele me pedia o apoio na campanha. Disse a ele que já o tinha.

Portanto, fica claro, que não sou um pára-quedista dentro do governo Madeira, como quis fazer parecer a nota. Ao contrário, sou apoiador e credor de primeira hora.

Pus adesivo no meu carro, pedi voto em todo canto, participei das caminhadas, carreatas, saí de estúdio de áudio às 2 da manhã quando precisou, isso tudo, do começo da campanha até o dia da eleição. Não fui e não sou um corpo estranho no governo. Sou parte dele. Acredito nele e vou trabalhar para que seja um grande governo. Se vou permanecer até o fim, só o tempo dirá...

É isso, meu nobre.

Parabéns pelo debate respeitoso com seus leitores.

Tens o meu apreço.

Receba o meu abraço.

Jerry Alves.

Isnande Barros disse...

Parabéns pelo comentário, Jerry Alves. O debate se faz assim, de forma tranquila e civilizada. E todos temos o direto de expressar livremente o que pensamos.
Grande abraço. Continuamos camaradas.