O menino fica esperto quando vê a bola
o menino deita e rola quando vê a bola.
Não tem medo da cidade nem lhe interessa
se o motorista conhece uma frase impressa:
"Que atrás de uma bola Há sempre um menino"
Lá na frente a bola corre em liberdade
atrás, o menino esquece a cidade.
O menino e a bola a bola e o menino
ambos fazem parte do mesmo destino.
Surge o motorista de responsabilidade
sabe que a cidade não é de brincadeira
em louca carreira atinge o menino
que se esvai em sangue, no asfalto esfria.
Lá na frente a bola presenciando a cena
cabisbaixa chora junto ao meio fio.
Poesia do Livro "Calumbi"
Zeca Tocantins
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